LIÇÃO 2 – ESPERANÇA EM MEIO À ADVERSIDADE
TEXTO ÁUREO
"Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho" (Fp 1.21).
VERDADE PRÁTICA
Nenhuma adversidade poderá reter a graça e o poder do Evangelho
INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos como a paixão pelas almas consumia o coração de Paulo.
Embora preso em Roma, ele não esmorecia na missão de proclamar o Evangelho. E,
tendo como ponto de partida o seu sofrimento, o apóstolo ensina aos filipenses
que nenhuma adversidade será capaz de arrefecer-lhes a fé em Cristo. Ao
contrário, ele demonstra o quanto as suas adversidades foram positivas ao progressodo
Reino de Deus.
EVANGELHO
1. Paulo na prisão. Paulo estava preso em Roma, aguardando julgamento. Ele sabia
que tanto poderia ser absolvido como executado. Todavia, não se achava ansioso.
O que mais desejava era, com toda ousadia, anunciar a Cristo até mesmo no tribunal.
Paulo não era um preso qualquer; sua segurança estava sob os cuidados da guarda
pretoriana (1.13) “De maneira que as minhas prisões em Cristo foram manifestas
por toda a guarda pretoriana e por todos os demais lugares”. Constituída de 10 mil
soldados, esta guarda encarregava-se de proteger os representantes do Império
Romano em qualquer lugar do mundo. Sua principal tarefa era a proteção do imperador.
2. Uma porta se abre através da adversidade. Uma das principais contribuições da
prisão de Paulo foi a livre comunicação do Evangelho na capital do mundo antigo.
Os cristãos estavam espalhados por toda a cidade de Roma e adjacências.
Definitivamente a prisão de Paulo não reteve a força do Evangelho e o promoveu
universalmente. Deus usou o sofrimento do apóstolo para que o Evangelho fosse
anunciado de Roma para o mundo (v. 13).
1. O poder do Evangelho. De modo objetivo, Paulo diz aos filipenses que nenhuma
cadeia será capaz de impor limites ao Evangelho de Cristo. Esse sentimento superava
todas as expectativas do apóstolo concernentes ao crescimento do Reino de Deus.
O seu propósito era ver as Boas Novas prosperando entre os gentios. Portanto, nenhum
poder humano conterá a força do Evangelho, pois este é o poder de Deus para salvação
de todo aquele que crê (Rm 1.16) “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo,
pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e
também do grego”.
2. A preocupação dos filipenses com Paulo. Está implícita a preocupação dos
filipenses com o bem-estar de Paulo. Eles o amavam e sabiam do seu ardor em
proclamar o Evangelho. Todavia, achavam que a sua prisão prejudicaria a causa
cristã. O versículo 12 traz exatamente essa conotação: "E quero, irmãos, que saibais as
coisas que me aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho". Para o
apóstolo, seu encarceramento contribuiu ainda mais para o progresso da mensagem
evangélica (v.13).
3. Paulo rejeita a autopiedade. Paulo era um missionário consciente da sua missão.
Para ele, o sofrimento no exercício do santo ministério era circunstancial e estava
sob os cuidados
de Deus (v.19) “Porque sei que disto me resultará salvação, pela vossa oração e pelo
socorro do Espírito de Jesus Cristo”. Por isso, não manifestava autopiedade; não
precisava disso para conquistar a compaixão das pessoas. Para o apóstolo, a
soberania de Deus faz do sofrimento algo passageiro, pois os infortúnios servem para
encher-nos de esperança, conduzindo-nos numa bem-aventurada expectativa de "que
todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus,
daqueles que são chamados por seu decreto" (Rm 8.28).
Duas motivações predominavam nas igrejas da Ásia Menor onde o apóstolo Paulo
atuava. São elas:
1. A motivação positiva. "E muitos dos irmãos no Senhor, tomando ânimo com
as minhas prisões, ousam falar a palavra mais confiadamente, sem temor" (v.14).
Estava claro para os cristãos romanos, bem como para a guarda pretoriana, que o
processo judicial contra Paulo era injusto, porque ele não havia cometido crime algum.
Além de saberem da inocência do apóstolo, os pretorianos recebiam diariamente
deste a mensagem do Evangelho (v.13). O resultado não poderia ser outro. Os cristãos
filipenses foram estimulados a anunciar o Evangelho com total destemor e coragem.
2. A motivação negativa. A prisão de Paulo motivou os cristãos a proclamar o
Evangelho de "boa mente" e "por amor". Mas havia aqueles que usavam a prisão
do apóstolo para garantir vantagens pessoais. Dominados pela inveja e pela teimosia,
agiam por motivos errados. Mas pelo Espírito, o apóstolo entendeu que o mais
importante era anunciar Cristo ao mundo "de toda a maneira". Isto não significa
que Paulo aprovava quem procedia dessa forma, porque um dia todo mau obreiro
terá de dar contas de seus atos ao Senhor (Mt 7.21-23) “Nem todo o que me diz:
Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu
Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não
profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em
teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente:
Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.”
1. Viver para Cristo. "Nisto me regozijo e me regozijarei ainda" (v.18). Estas palavras
refletem a alegria de Paulo sobre o avanço do Evangelho no mundo. Viver, para o
apóstolo, só se justifica se a razão for o ministério cristão: "Porque para mim o viver é
Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não
sei, então, o que deva escolher" (vv.21,22).
A morte para ele era um evento natural, mas glorioso. Significava estar imediatamente
com Cristo. O Mestre era tudo para Paulo, o princípio, a essência e o fim da sua vida.
Nele, o apóstolo vivia e se movia para a glória de Deus. Por isso, podia dizer: "E vivo,
não mais eu; mas Cristo vive em mim" (Gl 2.20).
2. Paulo supera o dilema. "Estar com Cristo" e "viver na carne". Este era o dilema
do apóstolo (vv.23,24). Ele desejava estar na plenitude com o Senhor. Todavia, o amor
dele pelos gentios era igualmente intenso. "Ficar na carne" (v.24), aqui, refere-se à vida
física. Isto é: viver para disseminar o Evangelho pelo mundo. Mais do que escolha
pessoal, estar vivo justifica-se apenas para proclamar o Evangelho e fortalecer a Igreja.
Este era o pensamento paulino. Nos versículos 25 e 26 “E, tendo esta confiança, sei que
ficarei e permanecerei com todos vós para proveito vosso e gozo da fé, para que a
vossa glória aumente por mim em Cristo Jesus, pela minha nova ida a vós”, ele
entende que, se fosse posto em liberdade, poderia rever os irmãos de Filipos, e
viver o amor fraterno pela providência do Espírito Santo.
Paulo resolveu o seu dilema em relação à igreja, declarando que o seu desejo de estar com Cristo foi superado pela amorosa obrigação de servir aos irmãos (vv.24-26). Ele nos ensina que devemos estar prontos a trabalhar na causa do Senhor, mesmo que isso signifique enfrentar oposição dos falsos crentes e até privações materiais. O que deve nos importar é o progresso do Evangelho e o crescimento da Igreja de Cristo (vv.25,26).
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Referências
Revista Lições Bíblicas. FILIPENSES, A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja.
Lição 2 – Esperança em meio à adversidade. Texto áureo. Verdade prática.
Introdução. I – Adversidade: uma contribuição para a proclamação do Evangelho. 1.
Paulo na prisão. 2. Uma porta se abre através da adversidade. II – O testemunho de
Paulo na adversidade. 1. O poder do Evangelho. 2. A preocupação dos filipenses com
Paulo. 3. Paulo rejeita a autopiedade. III – Motivações para a pregação do
Evangelho. 1. A motivação positiva. 2. A motivação negativa. IV – O dilema de
Paulo. 1. Viver para Cristo. 2. Paulo supera o dilema. Conclusão. Editora CPAD.
Rio de Janeiro – RJ. 3° Trimestre de 2013.
08 julho 2013
LIÇÃO 2 - ESPERANÇA EM MEIO À ADVERSIDADE / SUBSÍDIOS
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