3° Trim. 2012 - Lição 13: A verdadeira motivação do crente II
Escrito por Ev. Luiz Henrique
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
3º Trimestre de 2012 - CPAD - Jovens e Adultos
Vencendo as Aflições da Vida - "Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas” (Salmos 34:19).
Comentarista: Pr. Eliezer de Lira e Silva
LIÇÃO 13- A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE
TEXTO ÁUREO
"Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará" (Mt 6.6).
VERDADE PRÁTICA
A verdadeira motivação do crente não está na fama ou no poder, mas em viver para glorificar a CRISTO.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 3.30 CRISTO é quem deve aparecer
Terça - Mc 9.30-37 Tendo o coração de uma criança
Quarta - Mc 10.42-45 O Filho do homem veio servir
Quinta - Pv 8.13 DEUS aborrece o coração soberbo
Sexta - Fp 4.8,9 Devemos ter uma motivação nobre
Sábado - Mt 11.29 Devemos aprender do Senhor
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Marcos 1.35-45
35 E, levantando-se de manhã muito cedo, estando ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava. 36 E seguiram-no Simão e os que com ele estavam. 37 E, achando-o, lhe disseram: Todos te buscam. 38 E ele lhes disse: Vamos às aldeias vizinhas, para que eu ali também pregue, porque para isso vim. 39 E pregava nas sinagogas deles, por toda a Galiléia, e expulsava os demônios. 40 E aproximou-se dele um leproso, que, rogando-lhe e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me. 41 E JESUS, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo! 42 E, tendo ele dito isso, logo a lepra desapareceu, e ficou limpo. 43 E, advertindo-o severamente, logo o despediu. 44 E disse-lhe: Olha, não digas nada a ninguém; porém vai, mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho. 45 Mas, tendo ele saído, começou a apregoar muitas coisas e a divulgar o que acontecera; de sorte que JESUS já não podia entrar publicamente na cidade, mas conservava-se fora em lugares
desertos; e de todas as partes iam ter com ele.
I. A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE
Filipenses 2:3 - Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.
2 Crônicas 19:9 E deu-lhes ordem, dizendo: Assim fazei no temor do SENHOR, com fidelidade, e com coração íntegro.O fruto da fidelidade deve ser demonstrado na vida de cada crente - O crente não pode se deixar contaminar pela sociedade da qual faz parte.
Mt 5.13 = Os cristãos são o sal da terra . Dois dos valores do sal são: o sabor e o poder de preservar da corrupção. O cristão e a igreja, portanto, devem ser exemplos para o mundo e, ao mesmo tempo, militarem contra o mal e a corrupção na sociedade.
(1) As igrejas mornas apagam o poder do Espírito Santo e deixam de resistir ao espírito predominante no mundo. Elas serão lançadas fora por Deus (ver Ap 3.16). São amigas do mundo e estão comprometidas com ele.
(2) Tais igrejas serão destruídas, pisoteadas pelos homens (v.13); i.e., os mornos serão destruídos pelos maus costumes e pelos baixos valores da sociedade ímpia (cf. Dt 28.13,43,48; Jz 2.20-22).
A fidelidade é uma característica de quem tem fé, ou seja, de quem recebeu o fruto do ESPÍRITO SANTO pela fé em DEUS, através do sacrifício de JESUS CRISTO.
A fé é um dom de Deus (Rm 12.3; Ef 2.8; 6.23; Fp 1.29), exclui a vanglória pessoal (Rm 3.27) e a sua operação é pelo amor (Gl 5.6; I Tm 1.5; Fl 5).
1. O crente fiel dispensa a vaidade. SUA MOTIVAÇÃO É A GLÓRIA DE DEUS.
A vaidade tira a glóia de DEUS e a lança sobre o instrumento usado por ELE.
Seria como se alguém após ter passado por uma cirurgia de alto risco, ao acordar da anestesia, se voltasse para o bisturi e dissesse - Obrigado, tú me salvaste a vida. Quem operou? O médico ou o bisturi?
2. O crente fiel não deseja o primeiro lugar. SUA MOTIVAÇÃO É COLOCAR SEMPRE DEUS EM PRIMEIRO LUGAR EM TUDO - BUSCA PRIMEIRO O REINO DE DEUS, SEMPRE.
Lucas 14:10 Mas, quando fores convidado, vai, e assenta-te no derradeiro lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, sobe mais para cima. Então terás honra diante dos que estiverem contigo à mesa.
Quanto mais alto se está, maior será a queda na hora das adversidades que certamente virão. Melhor estar em lugar baixo e ser exaltado do que em lugar alto e ser humilhado.
3. O crente fiel não se porta soberbamente. SUA MOTIVAÇÃO ESTÁ NA HUMILDADE, POIS DESEJA EM TODO O TEMPO CONHECER MAIS DO SENHOR.
Provérbios 29:23 A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.
Provérbios 16:18 A soberba do homem o abaterá, mas a honra sustentará o humilde de espírito.
Provérbios 13:10 Da soberba só provém a contenda, mas com os que se aconselham se acha a sabedoria.
Marcos 1.35-45
Em relação à tradução a eremos topos (ainda em 1.45; 6.31,32,35) deve ser diferenciado do deserto em si (eremos, v. 3,4,12,13; eremia 8.4). Diferente da Judéia, a Galiléia fértil e habitada não tinha desertos, só alguns lugares retirados.
katadiokein significa geralmente “perseguir com intenção hostil”, como p ex foi o caso de faraó perseguindo Israel, mas nem sempre: a LXX p ex diz no Sl 38.20 que o justo “segue o que é bom”, ou seja, persegue-a com empenho. De acordo com o Sl 23.6, bondade e misericórdia certamente nos “seguirão”! Também ali o contexto exclui qualquer hostilidade.
kosmopolis é uma povoação do tamanho de uma cidade, mas com estrutura administrativa de aldeia.
As cidades da Galiléia geralmente tinham uma conotação pagã, e a população judaica morava principalmente no interior. Ali JESUS procura os centros maiores.
Observação preliminar
Contexto. Com o v. 39 claramente se fecha um círculo. O relato retorna à pregação de JESUS no v. 14. Com isto, este último trecho serve principalmente para fazer uma avaliação equilibrada dos milagres de JESUS.
Evidentemente o relato afirma os milagres efetuados por JESUS, mas fica atento para ênfase exagerada e automaticidade.
35 Tendo-se levantado alta madrugada, saiu da casa e de Cafarnaum e foi para um lugar deserto e ali orava. Digna de menção é novamente a indicação dupla de tempo (cf. 1.32n). Ao marcar especificamente a hora antes do nascer do sol (cf. 13.35n), Marcos exclui que a oração de JESUS possa ser explicada pelo costume judaico da oração matinal. Os judeus piedosos oravam três vezes por dia: a primeira vez ao nascer do sol, a segunda lá pelas três da tarde, por ocasião do sacrifício vespertino no templo, e a terceira ao pôr-do-sol. Orar fora destes horários, e mesmo a qualquer hora, era encarado com ceticismo, às vezes até proibido, para não incomodar o Altíssimo (Bill. II, 237s, 1036).
JESUS, por sua vez, orava durante horas, e em ocasiões não tradicionais (cf. 6.46; 14.32ss), em Lc 6.12 até uma noite inteira. De todo modo, sua oração chamava a atenção (Lc 11.1). Ele era incomparável na oração, era o Filho. Deste modo, em meio ao movimento das curas em Cafarnaum, Marcos segue a linha do testemunho do Filho e enquadra nela os milagres de JESUS (cf. 1.27). Que eles não devem ser vistos à parte fica claro no v. 39. A oração de JESUS, aqui, em 6.46 e claramente em 9.29, está em relação com a operação de milagres.
36 Procuravam-no diligentemente Simão e os que com ele estavam. No contexto do versículo transparece que os discípulos tinham caído em uma corrente contrária ao envio de JESUS, deixando que fossem feitos porta-vozes da população ávida por milagres. Com isso eles se distanciam do seu papel de 3.14, de estar com ele. Esta é a primeira de uma série de passagens de mal-entendidos dos discípulos (4.13,40s; 6.50-52; 7.18; 8.16-21; 9.5s,19; 10.24,26; 14.37-41; sentido semelhante em 5.31; 6.37; 8.4,32s; 9.32). Talvez também haja um paralelo com 8.33: Pedro, bem-intencionado, sem querer se torna instrumento de Satanás, de modo que cai uma sombra de tentação de 1.12s sobre o presente episódio: o Filho e Satanás no deserto.
37 Tendo-o encontrado, lhe disseram: Todos te buscam. Sua oração em voz alta, como era costume na Antigüidade, acaba conduzindo-os para onde ele estava. Seguros de si eles interferem na sua devoção. Já não tinham “dito” a ele no dia anterior que alguém precisava dele (v. 30b), para ver seu serviço de intermediação confirmada por sua ajuda? Não deveriam eles continuar e conduzir a ele sempre mais carentes, ou levá-lo aos sofredores? Não cabia a eles comunicar-lhe que hoje de novo “toda a cidade” (v. 33) estava de pé à procura dele?
38 Não soava tentador este “todos te buscam”, somado ao seu envio a “todos” e aos “muitos” dos v. 32,34? Entretanto, a partir da sua comunhão completa com o Pai, ele repele a tentação: JESUS, porém, lhes disse: Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de que eu pregue também ali, pois para isso é que eu vim. Este “vim” não se refere à saída de Cafarnaum do v. 35, que fora com a finalidade de orar e não de pregar. Trata-se da vinda enviado pelo Pai, com uma tarefa especial. Esta última frase, portanto, tem profundidade cristológica, e pode ser comparada a 1.25; 2.17; 10.45. JESUS vem a campo ao encontro da sua missão, uma missão em termos em que
Cafarnaum não queria. Cafarnaum tomou a decisão errada, como Mt 11.23 confirma. “Buscar” e “encontrar”, no caso, têm um sentido negativo, como em Jo 6.24s e 14s. Certamente JESUS foi enviado a “todos”, mas o que é que Pedro, que só pensa em “todos” em Cafarnaum, sabe sobre “todos”! Ele e os que estão com ele parecem oferecer a JESUS uma ampliação impressionante da sua atuação, mas na verdade o estão atraindo a um beco. O beco é até geográfico, e JESUS escapa dele dizendo: “Vamos a outros lugares”. Ele não pode se limitar a um lugar, como João Batista (cf. 1.4). O beco também é objetivo, limitando-o a operar curas, quanto mais melhor, sem mudança de rei, sem restabelecimento da divindade de DEUS e da sua imagem no ser humano. O importante é que o corpo esteja são – esta é realmente a atrofia mais lamentável da boa notícia de DEUS do v. 15.
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