A Parábola


A parábola
Jesus contou-lhes a seguinte parábola:
“Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!” ( Lc 18:10 -13 ).
Dois homens subiram ao templo para orar. Observe que o objetivo de ambos é idêntico: orar no templo. Ambos eram homens, porém, um fariseu e o outro publicano.
Ora, à época, aos olhos dos judeus, ser cobrador de impostos era oficio de pecador. Mas, havia dentre os judeus aqueles que eram comissionados pelos Romanos para serem colhedores de impostos, e tal judeu também era discriminado.
Como o fariseu e o publicano foram ao templo, fica implícito que ambos eram judeus, pois se um gentio entrasse no templo, o templo seria tido por profanado ( At 21:28 ).
Zaqueu era publicano e considerado pelos judeus um pecador: "E eis que havia ali um homem chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos, e era rico (...) E, vendo todos isto, murmuravam, dizendo que entrara para ser hóspede de um homem pecador" ( Lc 19:2 ). Foi quando Jesus alerta que naquele dia entrou salvação na casa de Zaqueu, que apesar de cobrador de impostos, também era filho de Abraão.
Jesus era tachado de amigo dos publicanos e pecadores por comer com eles "E os escribas deles, e os fariseus, murmuravam contra os seus discípulos, dizendo: Por que comeis e bebeis com publicanos e pecadores?" ( Lc 5:30 ).
O farisaísmo, por sua vez, era o mais severo ramo do judaísmo "Sabendo de mim desde o princípio (se o quiserem testificar), que, conforme a mais severa seita da nossa religião, vivi fariseu" ( At 26:5 ). Por se considerarem justos, os fariseus desprezavam as pessoas, não comiam com pessoas de outros povos e, nem mesmo as saldava “E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim?” ( Mt 5:47 ).
Jesus retrata primeiramente o fariseu quando no templo: “O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo” (v. 11).
O fariseu seguro de si, ao postar-se de pé ( Mt 6:5 ), agradeceu a Deus por não ser como os demais homens.
Segundo a concepção daquele fariseu, o que o tornava diferente dos demais homens? O comportamento segundo a lei, pois para ele os demais homens eram roubadores, injustos e adúlteros.
Ele se julgava diferente até mesmo de outro descendente de Abraão, pois o outro exercia o encargo de publicano entre os filhos do povo de Israel. Por fim arremata: - Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto possuo!
O publicano por sua vez, também se postou de pé, mas de longe, e não arriscou levantar os olhos para os céus, e disse batendo no peito: - “Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!” (v. 13).
E Jesus concluiu a parábola dizendo: “Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado” (v. 14).

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